29-03-2019 17:42
Este dia celebra-se com alegria (e alguma malícia) em vários países do mundo há muitos anos. Manda a tradição que neste dia as pessoas contem mentiras e que surpreendam os outros com factos inesperados.
Os meios noticiosos, nomeadamente os jornais, as televisões e as rádios também contam "histórias fictícias" no dia 1 de abril. Estas histórias falsas são reveladas no dia seguinte.
O motor de busca Google é outra entidade que adere ao Dia das Mentiras e anuncia novidades (falsas) no dia 1 de abril. As redes sociais são, cada vez mais, um dos locais onde proliferam as mentiras do dia 1 de abril.
Origem do Dia das Mentiras
O Dia das Mentiras surgiu por brincadeira em França, no reinado de Carlos IX. Nessa época, o ano novo era comemorado a 25 de março, com a chegada da primavera. As festas, que incluíam troca de presentes, duravam uma semana e terminavam a 1 de abril. Em 1564, com a adoção do calendário gregoriano, o rei decidiu que o ano novo deveria passar a comemorar-se a 1 de janeiro. Alguns franceses não aceitaram a mudança no calendário e continuaram com a tradição antiga. A população que adotou o novo calendário decidiu então brincar com os "conservadores" enviando-lhes presentes estranhos e convites para festas inexistentes. Com o passar do tempo, a brincadeira alastrou-se a outros países da Europa e, mais tarde, para outros continentes.
Porquê cruzar os dedos ao contar uma mentira?
Principalmente entre as crianças, é costume cruzar os dedos ao fazer uma promessa ou contar uma mentira... esta é uma forma de anular o carácter vinculativo da promessa ou diminuir as conotações negativas da mentira.
Este gesto, que evoca uma cruz, afasta a má sorte e as influências maléficas. Do passado conservamos o hábito de cruzar os dedos em formato de cruz, quando alguém formula um desejo, conta uma mentira ou enfrenta algum perigo. Alguns autores acreditam que este gesto surgiu nos primeiros tempos do cristianismo, com a intenção de formar uma espécie de escudo protetor contra a má sorte e influências maléficas, enquanto outros pensam que sua origem é bem anterior a esse período, remontando à época em que o dominava o paganismo.