09-02-2024 16:50
SABIA QUE … Falar do CAPS VIH/SIDA do GAF implica recuar ao início da constituição da instituição GAF.
CAPS numa perspetiva histórica
Falar do CAPS VIH/SIDA do GAF implica recuar ao início da constituição da instituição GAF. Na última década do século passado, vivia-se um flagelo provocado pela Pandemia da SIDA. Somavam-se mortes diariamente e o medo instalava-se na população. Os fundadores do GAF procuravam apoiar as pessoas, maioritariamente consumidores de substâncias psicoativas por via endovenosa nesta luta desigual contra a infeção, desconhecida e temida.
No início do século XXI, mais precisamente em 2001, surge a oportunidade de se criar uma resposta social _o CAPS_ num formato mais estruturado e cuja intervenção psicossocial era exclusivamente dirigida a pessoas infetadas, afetadas e preocupadas com a infeção pelo VIH/SIDA residentes no distrito de Viana do Castelo, visando a promoção do desenvolvimento positivo destas pessoas, suas famílias e agentes sociais e comunitários.
Nesta altura, contava-se já com um conhecimento mais aprofundado sobre a infeção por VIH e a doença de SIDA, e o acesso à terapêutica antiretrovirica era uma realidade para as pessoas doentes.
Os avanços científicos ao longos das últimas duas décadas permitem hoje afirmar que o diagnóstico precoce e o maior acesso aos medicamentos antirretrovirais aumentou a esperança média de vida para pessoas com VIH, comparativamente com aquelas que foram diagnosticadas no início do século (ONU).
Desde 2009, o CAPS integrou o Fórum Nacional para a infeção por VIH/SIDA (hoje engloba também as hepatites virais, a Tuberculose e as IST), estrutura consultiva da DGS, em especial dos Programas Nacionais nas respetivas áreas, que congrega a participação de 20 organizações não-governamentais que desenvolvem atividades nestas áreas. Assim, assume um papel fulcral na participação das organizações da sociedade civil no âmbito da prevenção e controlo da infeção VIH/sida, tuberculose e hepatites virais.
O CAPS rege a sua intervenção em funções das normativas nacionais e internacionais, procurando contribuir hoje para o atingir da META_ “Acabar com a epidemia como uma ameaça à saúde pública em 2030, que apesar de ser ambiciosa, é realista, como a história dos últimos anos tem mostrado”.