01-08-2025 13:55
Numa altura em que se exige das organizações mais do que lucros — pede-se responsabilidade social, ética e ação — o Pacto Contra a Violência, promovido pela Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CIG), conta já, em 2025, com mais de quarenta empresas e instituições subscritoras. São organizações que decidiram assumir um papel ativo na prevenção da violência doméstica, do assédio no trabalho, do tráfico de pessoas e de todas as formas de violência de género.
Desde 2023, aderiram empresas como o Grupo Barraqueiro, BP Portugal, CTT, CP, Carris, E.Leclerc, GALP, Grupo BEL, IKEA, Jerónimo Martins, Lidl, Mercadona, Metro Lisboa, Metro Porto, REN, SIBS, Sonae, Siemens, Vodafone, RTP, Restart Us, Women in Tech e .PT – Domínios de Portugal. A estas juntaram-se o Banco Montepio, BNP Paribas, L’Oréal, Nestlé, Trivalor e El Corte Inglés. A agência Lusa também integrou o pacto em 2023, assumindo o compromisso de promover uma comunicação responsável e inclusiva. Já em 2024, o Banco de Portugal passou a fazer parte da rede e, nesse mesmo ano, outras dez empresas do Norte — de setores tão diversos como o calçado, o vinho, o turismo e o têxtil — oficializaram a sua adesão.
Mas este pacto vai além das boas intenções. As empresas subscritoras comprometem-se com ações concretas: formação interna para identificar sinais de violência, criação de canais seguros de denúncia, apoio direto a vítimas, fornecimento de bens e equipamentos, colaboração com casas de abrigo e, em muitos casos, integração profissional de quem tenta recomeçar a vida após sair de contextos violentos.
O pacto também integra novas ferramentas, como a plataforma interativa de prevenção do assédio sexual no trabalho, desenvolvida em colaboração com entidades como a CITE, a ACT e a congénere norueguesa LDO, o que mostra a sua ambição internacional e o foco contínuo na construção de ambientes de trabalho mais seguros.
Cada adesão é um passo concreto contra o silêncio e a normalização da violência, porque promover ambientes de trabalho seguros, respeitadores e livres de violência é um passo essencial para uma sociedade mais justa e humana, dentro e fora das organizações.