• Na tua relação sentes-te apoiado/a?
• Sentes que as decisões do casal são tomadas pelos dois?
• Quando têm uma tarefa para realizar, ambos participam?
• Sentes que ambos têm os mesmos direitos?
• Sentes-te livre para dar as tuas opiniões, escolher os teus amigos, manter a tua privacidade?
• Consegues falar com o/a teu/tua namorado e ele/ela respeita-te mesmo quando discordam?
• Sentes-te compreendido/a pelo/a teu/tua namorado/a?
• Confias no teu/tua namorado/a e ele/a em ti?
Se a tua resposta foi positiva a estas questões tudo indica que estás numa relação saudável!
Quando somos amados/as:
• Sentimo-nos bem connosco próprios/as;
• Sentimo-nos livres e confiantes;
• Sentimo-nos felizes!
Os conflitos existem, mas o respeito mantém-se!
• O/a teu/tua namorado/a insiste em saber com quem estás e onde, fazendo-te sentir que tens de dar explicações?
• O/a teu/tua namorado/a tece comentários negativos sobre os/as teus/tuas amigos/as, intrometendo-se nas tuas escolhas e querendo definir com quem te relacionas?
• O/a teu/tua namorado/a vê o teu telemóvel, acede às tuas passwords e redes sociais, controlando as pessoas com quem falas e os conteúdos que publicas?
• O/a teu/tua namorado/a faz comentários sobre o teu estilo, a forma como te vestes, pressionando-te a mudares?
• O/a teu/tua namorado/a é ciumento e por causa disso tenta e/ou controla com quem sais, quando sais, onde vais ou como “te deves comportar”?
Se a tua resposta foi positiva a estas questões tudo indica que estás numa relação com indicadores de uma relação abusiva.
Fica atento/a. Procura informação/ajuda.
Faz valer os teus direitos!
Quando estamos a ser controlados/as:
• Sentimo-nos confusos/as;
• Confundimos ciúmes doentios com amor;
• Sentimo-nos “presos/as”;
• O/a namorado/a faz-nos sentir que somos dele/a;
• Temos receio das suas reações.
• Ele/a pressiona-te para não saíres com os/as teus/tuas amigos/as?
• “Faz cenas”, o que faz com que evites sair com ele/ela e com os/as teus/tuas amigos/as?
• Influencia-te no sentido de deixares de estar tão próximo/a dos teus familiares?
• Sentes que não tens mais ninguém que se interesse ou preocupe contigo?
• Sentes-te sozinho/a na relação?
• Sentes que “estás preso/a numa teia”, que ninguém te compreende e que é muito difícil sair dela?
Se a tua resposta foi positiva a estas questões tudo indica que estás numa relação com indicadores de uma relação abusiva.
Fica atento/a. Procura informação/ajuda.
Faz valer os teus direitos!
Quando estamos a ser isolados/as:
• Vamos deixando os/as nossos/as amigos/as por atitudes ou comportamentos do nosso/a namorado/a;
• Por vezes, consideramos que esse afastamento foi uma escolha nossa, mas na verdade foram as atitudes dele/a, que nos levaram a não querer estar com ele/a no nosso grupo de amigos/as, ou por exemplo, a deixarmos de partilhar os nossos problemas com os nossos/as amigos/as;
• Ele/ela está a isolar-te para que fiques sozinho/a;
• Sozinho/a ficarás mais frágil, mais carente e ele/ela controlar-te-á melhor.
• O/a teu/tua namorado/a faz-te sentir mal contigo próprio/a?
• Acusa-te de seres o/a único/a responsável pelos problemas da relação?
• Faz-te sentir triste e culpado/a?
• Sentes-te cada vez pior na relação, mas não consegues afastar-te?
• Sentes-te inferior, que não estás à “altura dele/a” e que és tu que não o/a mereces?
• Em público, ele/ela humilha-te e tens vergonha das atitudes dele/dela?
• Às vezes, faz-te duvidar de ti próprio/a e sentir que estás a ficar “louco/a”?
Se a tua resposta foi positiva a estas questões tudo indica que estás numa relação com indicadores de uma relação abusiva.
Fica atento/a. Procura informação/ajuda.
Faz valer os teus direitos!
Quando somos humilhados/as:
• A nossa autoestima diminui, sentimo-nos menos inteligentes, menos bonitos/as, menos capazes;
• Sentimo-nos tristes e a relação começa a ser sentida como um “peso”;
• Ficamos confusos/as e temos dificuldade em tomar decisões;
• Sentimos vergonha e culpa por situações que foram causadas pelo nosso/a namorado/a.
• O/a teu/tua namorado/a ameaça terminar a relação caso não faças o que ele/ela quer?
• Ameaça pôr termo à vida dele/a se terminares a relação?
• Ameaça os teus amigos/as e/ou familiares que te dão apoio?
• Faz-te sentir medo dele/a?
• Pressiona-te para teres práticas sexuais ameaçando fazer-te mal caso não cedas?
• Ameaça bater-te?
• Ameaça destruir os teus objetos pessoais?
Se a tua resposta foi positiva a estas questões tudo indica que estás numa relação com indicadores de uma relação abusiva.
Fica atento/a. Procura ajuda especializada de imediato.
Há instituições que podem ajudar-te a estar em segurança e sair dessa relação.
Quando somos ameaçados/as:
• Sentimos receio/medo das reações do nosso/a namorado/a;
• Sentimos medo de expor as nossas opiniões, mesmo sobre assuntos banais;
• Temos receio/medo do que ele/a possa fazer aos/as nossos/as amigos/as e/ou familiares.
• O/a teu/tua namorado/a insulta-te, grita?
• Parte os teus objetos pessoais (ex.: telemóvel) para mostrar quem manda?
• Agride-te física ou psicologicamente para te proibir de sair, relacionares-te com alguém ou fazeres alguma coisa?
• Agarra-te ou prende-te?
• Atira-te objetos?
• Encosta-te contra a parede?
• Empurra-te?
• Dá-te bofetadas, pontapés e/ou murros?
• Força-te a atos sexuais?
Se a tua resposta foi positiva a estas questões tudo indica que estás numa relação com indicadores de uma relação abusiva.
Fica atento/a. Procura ajuda especializada de imediato.
Há instituições que podem ajudar-te a estar em segurança e sair dessa relação.
Quando somos agredidos/as:
• Sentimos medo pela nossa integridade física;
• Sentimo-nos muito nervosos/as, sempre com medo do que poderá acontecer;
• Temos medo de ele/a fazer mal aos nossos amigos/as e familiares;
• Sentimos que não há “saída para a situação”.
“Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade” (Artigo 1 Declaração Universal dos Direitos Humanos).
Testa a tua relação de n(amor)o clicando nos ícones ao lado.
Em Portugal, o Estudo Nacional sobre Violência no Namoro de 2023 da UMAR, com a participação de 3996 jovens de todos os Distritos do País constatou que 65,6% dos/as jovens reportou ter vivenciado pelo menos uma das formas de violência no relacionamento de intimidade e 67,5% do total dos/as jovens legitimam pelo menos um comportamento de violência.
1 em cada 3 mulheres ou meninas experienciam violência física ou sexual durante a sua vida, muitas das vezes por parte dos seus companheiros (OMS). - www.un.org/en/events/endviolenceday
Apenas 52% das mulheres casadas ou em união tomam as suas próprias decisões de forma livre no que toca a relações sexuais, uso de contracetivos e cuidados com a saúde. - www.un.org/en/events/endviolenceday
Em todo o mundo, quase 750 milhões de mulheres e meninas casam antes dos 18 anos. - www.un.org/en/events/endviolenceday
1 em cada 2 mulheres vítimas de homicídio em todo o mundo foram assassinadas pelos seus parceiros ou familiares em 2017; enquanto apenas 1 em cada 20 homens foram assassinados em circunstâncias semelhantes. - www.un.org/en/events/endviolenceday
71% de todas as vítimas de tráfico de pessoas no mundo são mulheres e meninas, e 3 em cada 4 dessas mulheres e meninas são exploradas sexualmente. - www.un.org/en/events/endviolenceday
A violência contra as mulheres é uma causa tão grave de morte e incapacidade entre as mulheres em idade reprodutiva quanto o cancro.
E é uma causa maior de problemas de saúde do que os acidentes de trânsito e a malária combinados. - www.un.org/en/events/endviolenceday
Um estudo, publicado pelo Instituto Europeu para a Igualdade de Género, classifica os países europeus numa escala que vai de 0 a 100% (com base no acesso que homens e mulheres têm em relação a poder, dinheiro, trabalho, tempo, conhecimento e saúde). A taxa média de igualdade género de todos os países da Europa é de 66,2% (uma média ainda afastada dos 100% que corresponderia a uma situação ideal). A situação de Portugal é ainda pior, sendo que o nosso país pontua abaixo da média europeia, com 56%. g1.globo.com/mundo/noticia/onde-ha-mais-desigualdade-de-genero-na-europa.ghtml
Segundo o relatório do Banco Mundial intitulado “Mulheres, Empresas e Direito 2018”, 104 países ainda impedem que as mulheres realizem certas atividades simplesmente por serem mulheres. www.politize.com.br/7-direitos-das-mulheres-negados-no-mundo/l
62 Milhões de meninas no mundo não têm acesso à educação e 2 terços dos/as analfabetos/as do mundo são mulheres (UNESCO).
A nível mundial os números da violência contra a mulher são ainda desconcertantes seja qual for o ponto do globo, em continentes mais ou menos desenvolvidos, milhares de mulheres continuam a ser vítimas de violência.
África, Médio Oriente e Sudeste da Ásia, têm os índices mais altos de violência familiar contra as mulheres, verificando-se que 37% foram vítimas de abuso físico ou sexual por um parceiro íntimo, em algum momento das suas vidas. Na América Latina a taxa registada foi de 30% e na América do Norte de 23%. Na Europa e na Ásia, a prevalência obtida foi de 25% (OMS, 2013).
Apesar das diretrizes internacionais promoverem estratégias de promoção da igualdade de direitos para todos os alunos, os manuais escolares ainda utilizam uma linguagem escrita e visual que reforça os estereótipos de género. - cite.gov.pt/asstscite/images/papelhomens/Livro_Branco_Homens_Igualdade_G.pdf
Metade dos alunos em todo o mundo com idades entre os 13 e os 15 anos (cerca de 150 milhões de jovens), relatam ter passado por violência entre pares na escola ou nas imediações desta.
46% dos jovens portugueses (entre os 13 e os 15 anos) afirmam ter sofrido ou ter estado envolvidos em situações de bullying no ano anterior.
E o bullying é uma violação aos direitos humanos. - www.unicef.pt/global-pages/_/porfimaviolencia-nas-escolas/
A violência sexual acontece em ambos os sexos, apesar de, por vezes, para os homens ser mais difícil de admitir. - 24.sapo.pt/opiniao/artigos/cinco-mitos-sobre-violencia-sexual-contra-homens | ionline.sapo.pt/artigo/664475/viol-ncia-sexual-para-os-homens-e-sempre-mais-dificil-reconhecer-?seccao=Mais
O Observatório da Violência no Namoro (ObVN) recebeu nos últimos três anos 284 denúncias, das quais 266 jovens mulheres (89,7%) são vítimas e 91,9% dos agressores são homens, com média de idades de 25 anos. Em 11,6% das situações relatadas as vítimas correram risco de vida. - observador.pt/2020/04/17/dos-284-casos-de-violencia-no-namoro-116-das-vitimas-correram-risco-de-vida-revela-observatorio/